terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Socorro: caramujo africano!!

Gente quanta epidemia, e doenças que certos animais trazem, agora mais este: molusco!!
Sempre ouço: estes caramujos trazem doenças e assim como eu acho que todo mundo ouve falar, mas na verdade não sabe como cuidar e se manter longe destes animais, então vamos lá.



imagem: google


Esse animal pode pesar 200 gramas, e medir cerca de 10 centímetros de comprimento e 20 de altura. Sua concha é escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso, sua borda é cortante. Foi introduzido ilegalmente em nosso país na década de 80, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais. Levado para outras regiões do Brasil, tal espécie acabou não sendo bem-aceita entre os consumidores, e também proibida pelo IBAMA, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.

Além de destruírem plantas nativas e cultivadas, alimentando-se vorazmente de qualquer tipo de vegetação, e competir com espécies nativas – inclusive alimentando-se de outros caramujos; tais animais são hospedeiros de duas espécies de vermes capazes de provocar doenças sérias. Felizmente, não foram registrados casos em que essa doença, em nosso país, tenha sido transmitida pelo caramujo-gigante.
São elas:
- Angiostrongylus costaricensis: responsável pela angiostrongilose abdominal, doença que provoca perfuração intestinal, de sintomas semelhantes aos da apendicite;
- Angiostrongylus cantonensis: responsável pela angiostrongilíase meningoencefálica, de sintomas variáveis, mas muitas vezes fatal.
Tanto uma quanto outra ocorrem pela ingestão do parasita, seja pelo manuseio dos caramujos, ou ingestão destes animais sem prévio cozimento, ou de alimentos contaminados por seu muco, como hortaliças e verduras. Assim, é importante o uso de luvas ou sacolas de plástico ao manipular os caramujos, cozer antes se comer a sua carne, e desinfeccionar itens alimentares, lavando-os e deixando-os de molho de quinze minutos a meia hora, em aproximadamente uma colher de água sanitária para um litro de água.
Quanto ao controle desse molusco, indica-se a catação manual dos indivíduos e de seus ovos, colocando-os em dois sacos plásticos, com a posterior quebra de suas conchas antes de eliminá-los. Isso porque tais estruturas podem acumular água, sendo um criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Depois, recomenda-se a aplicação de cal virgem sobre os caramujos quebrados, e o posterior enterramento, em local longe de lençóis freáticos, cisternas ou poços artesianos.
Observação:
Existem linhas de pesquisa que se focam em mostrar o outro lado da questão, afirmando que medidas visando à eliminação do caramujo são muito extremas, já que o risco dessa espécie transmitir doenças é muito pequeno, se comparado a outros animais que temos o hábito de ingerir; e pelo fato de que tal animal tem potencial para o desenvolvimento de produtos cosméticos e fármacos, como aqueles que combatem a leishmaniose. Além disso, alguns pesquisadores afirmam que o controle de suas populações poderia ser mais eficaz se fossem adotadas medidas sérias visando à utilização desses animais para a alimentação, já que são saborosos, se bem preparados, e são bastante proteicos.

Bom pelo sim e pelo não: melhor cuidar em época de chuvas eles costumam aparecer!

Eu qdo acho algum, que nesta época de chuva sempre aparece, jogo sal depois coloco as conchas dentro de sacos, quebro e fecho bem e coloco no lixo, porque não tenho como enterrar aqui, o certo seria enterrar e colocar cal, mas acho que assim  já evito que eles contaminem mais o solo.

Até mais,

Janizio Felisberto




Um comentário:

Zuleide Felisberto disse...

e já tomando minhas precausões...eita bichinho tão pequenino e que provoca tanto estrago em nós!!